O jovem que foi raptado no bairro onde morava na noite de terça-feira (18) em Riachão do Jacuípe e encontrado morto em Conceição do Coité, na manhã desta quarta-feira (19) pode ter sido vítima de um crime político. Lucas Henrique Carneiro, 22 anos, apresentava marcas de tiro em diversas partes do corpo.
A mãe do jovem havia registrado o desaparecimento na Delegacia Territorial de Riachão. Ela relatou que cinco homens encapuzados e armados com escopetas e pistolas abordaram o filho no bairro Alto do Cruzeiro, por volta de 22h, e o obrigaram a entrar em um Corsa Sedan, cor preta.
Moradores encontraram o corpo do jovem no início da manhã na BA-120, próximo ao Açude Pedra Branca, em Conceição do Coité. O irmão de Lucas fez o reconhecimento do corpo, que foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana.
Segundo o delegado João de Oliveira Farias Filho, o irmão da vítima relatou duas possíveis motivações para o crime. “O irmão dele veio aqui e reconheceu o corpo. Ele disse que acha que o crime pode ter sido cometido por questões políticas, porque o irmão estava trabalhando para um grupo político, fiscalizando compra de votos do outro grupo, mas que Lucas também já havia sido preso”, diz o titular de Conceição do Coité.
O caso também está sendo investigado pelo delegado Carlos Baqueiro, titular de Riachão do Jacuípe. Segundo ele, os familiares de Lucas, que era conhecido na cidade como Chuchu, estão emocionalmente abalados e ainda não prestaram depoimento.
“Com relação ao homicídio, não devemos afirmar nada no momento. A família está muito abalada ainda. Ele participava de uma coligação, era uma espécie de fiscal de compra de votos, mas não há prova de que a motivação seja esta. Ele tem um passado criminoso também, de envolvimento com drogas”, relata Baqueiro.
Lucas trabalhava na coligação “Riachão Mais Feliz”, liderada pela candidata Tânia Matos (PDT), que disputa a prefeitura da cidade com Gleide Márcia Oliveira Souza (PcdoB).
Informações: PCS / foto; Informe Bahia