Previsão de chuvas para os próximos dias anima o sertanejo

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garra de aguia

Com o tempo seco e muito quente na região nordeste da Bahia, os agricultores e criadores estão animados com as previsões publicadas no site do clima tempo, onde, numa linguagem popular, aparece “uma luz no fim do túnel para as áreas entre o sertão”, não apenas da Bahia, como de Pernambuco e do Piauí. Modelos meteorológicos de previsão de tempo indicam o retorno das pancadas de chuva a partir do dia 02 de novembro, conforme mostram os mapas abaixo.

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Segundo o site, a chuva no sertão do Nordeste normalmente não acumula grandes volumes e esse ano choveu muito pouco. No começo do ano, sob a influência do fenômeno La Niña, que desfavorece a chuva em parte da região Nordeste e depois, começou a época climatologicamente mais seca do ano no sertão, quando praticamente não chove, e com isso a estiagem foi se prolongando.

Normalmente a chuva durante todo o ano acumulado entre 600 e 1000 milímetros na maior parte do sertão nordestino (INMET), mas esse ano o total de chuva acumulado até 28 de outubro não chegava a 400 milímetros, como mostra a figura da esquerda, disponível na página de internet do Cptec/Inpe. A estiagem está prejudicando a população, já que muitas lavouras foram quase totalmente perdidas e o gado está morrendo de fome e de sede.

Internautas residentes no sertão da Bahia enviaram e-mails falando sobre a situação em seus municípios, a exemplo de Gerbson, morador em São José do Jacuípe. Segundo ele, não há mais alimentos para os animais e nem agua para o consumo humano e animal. “É triste ver os agricultores perdendo seu rebanho sem poder fazer nada. É triste ver muitos animais morrendo de fome”, externou o jacuipense.

Heraldo Melo, informou que em Baixa Grande, parte do gado foi vendido e os que ficaram no município, estão agonizando e morrendo de fome. “Nunca vi tanta calamidade na minha região. Que as previsões se confirmem”, Falou Mello. “Outro desabafo angustiado foi postado pelo jovem de prenome Lucas, que mora em Várzea do Poço:” Aqui estamos vendo um cenário muito desolador. É muito grande o sofrimento, e só não estamos sofrendo mais por causa de algumas irrigações a base de poço artesiano e também do Rio São Francisco, se essa seca fosse nos tempos de meu avô já teria morrido muita gente…. que Deus abençoe estas nuvens que iram amenizar essa seca”.

Segundo João Jorge de Carvalho, residente em Riachão do Jacuípe, o índice de pluviosidade acumulado, até o momento naquele município, não chega à casa dos 100 mm3. A última pluviosidade foi no mês de outubro de 2011. “Portanto o nosso histórico demonstra um prognóstico desfavorável. O ruminante não suporta muito tempo com uma dieta alimentar a base de palma picada e mandacaru e o que poderia enriquecer esta dieta com proteína, Ca. P, entretanto, muitos criadores, estão sem os recursos devidos e vão vendendo uma cabeça hoje aqui, outra acolá com o intuito de amenizar, porém, agora mesmo, a mortalidade destes animais alcançam níveis elevados. Esperamos que estes estudos probabilísticos de pluviosidade tenham uma porcentagem alta, pois do contrário, nada sobrará”, escreveu João Jorge.

Tiago Carneiro, morador na cidade de Miguel Calmon, aproveitou do espaço para contar o que disse seu avô que tem 76 anos de idade: “Ele nos disse que nunca viu uma seca desta dimensão. No dia 18 de outubro, fez um ano que choveu aqui em Miguel Calmon. É desolador ver meu avô com o gado morrendo e não poder ajudar. Eu falei a ele que ia chover ele olhou para o céu e falou que Deus ouça suas palavras”.  Ainda sobre Miguel Calmon, Vicente Gallo Netto, lembrou que de Janeiro até outubro, só choveu 68 mm e confirmou que, o gado está sendo dizimado por falta de alimento e água, e o governo federal só fazendo promessa, prometendo milho, crédito emergencial na TV e nada para os pequenos produtores.

Nicácio mora no município de Barro Alto e lá está completando 10 meses sem chuva. ”A situação aqui é muito triste, pois o Rio Jacaré secou, o gado esta morrendo, a palma forrageira acabou e estamos comprando feno de Barreiras ao custo de R$ 130,00 o rolo para dar o gado. Não há quem aguente?” falou o agricultor.

Além de internautas da Bahia, também mantiveram contado com o site moradores de outros estados, a exemplo de Mikael Saraiva, residente em Moreilândia, estado de Pernambuco. “A nossa realidade por aqui é igualmente a de vocês. Por aqui  até os poços estão secando”, revelou.

 

Por: Valdemí de Assis * com informações do Clima Tempo/ fotos: Raimundo Mascarenhas  do Portal  Calila Notícias

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