O Posto de Saúde da Família da localidade de Rua Nova, no município de Tucano, no semiárido da Bahia, que há um ano estava sem funcionar por falta de médicos, recebeu na terça-feira (24) a primeira visita da médica cubana Gisela Benavente Acosta, que vai trabalhar no local. Ela faz parte dos 57 profissionais, estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, designados pelo programa federal Mais Médicos para trabalhar em 28 municípios baianos, além de Salvador.
Os moradores do distrito, que fica a 30 quilômetros da sede, comemoraram com palmas a presença da nova médica. O produtor rural Edmilson dos Santos, 43 anos, tem dois filhos e disse que a presença do médico é uma segurança e também economia para a família. “Para ser atendido, a gente tinha que ir para Tucano, pagar R$ 60 de transporte e depois ir outra vez para pegar o exame. A gente que não tem condições, não pode pagar. O dinheiro que gastava de transporte, agora já dá para comprar o remédio”, afirmou o produtor.
Emoção – Gisela, que começa a trabalhar na próxima semana, disse estar emocionada pela recepção calorosa da população e afirmou que o posto de saúde está em excelentes condições, “muito boa, com todas as condições para atender à população”.
Ela enfatizou ainda que “a equipe de saúde está completa, considerando que podemos melhorar os indicadores de saúde. A perspectiva é melhorar a saúde de toda esta população e trabalhar com muito amor e carinho”.
Excelência – Além de Gisela, para o município de Tucano foram designados mais dois médicos – Juan Ariel Del Valle e Elidia Del Rosario Garcia, também de nacionalidade cubana. Eles chegaram ao município na segunda-feira (23) e, nesta terça, conheceram os postos onde vão trabalhar e as equipes de saúde da família.
O prefeito do município, Igor Moreira Nunes, que também é médico, afirmou que a dificuldade de encontrar médicos que se destinem ao interior é muito grande. De acordo com ele, “estes profissionais são de excelência em medicina preventiva e vão atuar em três localidades distantes e carentes – Arapua, Rua Nova e Quixaba”.
As localidades, como explicou, estão sem médicos há mais de um ano. “As unidades estão adequadas para receber estes profissionais que vão atender mais de dez mil pessoas”.
.