BR 116, sentido Tucano – Euclides da Cunha, o inimigo mora ao lado. Especificamente entre o Km 269 e 270 da BR citada está localizado o endereço da irresponsabilidade.
Condenado por algumas autoridades tucanenses, esse ponto geográfico habita os resíduos sólidos da população local, quais são descartados sem o mínimo de cuidados ambientais, tendo como qualificação a modalidade lixão.
Como se não bastasse a falta de atenção ao depósito dos rejeitos, a população circunvizinha é frequentemente penalizada com a recepção das impurezas que são transportadas aos seus lares, através dos ventos, em virtude da criminosa queima desse lixo.
Imaginemos um cidadão do campo que sempre teve como principal qualidade de vida o ar puro, por habitar em contato direto com a natureza e por ser acolhido pela vegetação que o cerca, ter de conviver repetidas vezes com um ar contaminado por metais pesados, gases tóxicos, intenso mau cheiro, entre outros venenos que circulam o ambiente afetado! É esta a realidade cotidiana de moradores de comunidades como Coité, Panzu, Cajazeira, Pé de Serra e adjacências.
Continuadamente um incêndio consome o lixo despejado nesse inconveniente espaço e nada se faz no sentido de evitar tamanho transtorno. É alguém que queima? É resultado da combustão de produtos inflamáveis em contato com intenso calor? Isso não importa. Seja o que for é perfeitamente evitável.
O que não pode é desconsiderar o que se passa com essa parte da população de nosso município que se sente ameaçada e ao mesmo tempo abandonada e, pior ainda, condenada a respirar um ar impuro, em muitos casos, ingenuamente.
É a saúde em jogo. São pessoas acometidas pelo descaso, principalmente crianças e idosos que, com suas fragilidades orgânicas, sofrem ainda mais as consequências. Muitos dos sintomas que prejudicarão o organismo humano não aparecerão de imediato. Substâncias químicas são absorvidas pelo organismo em partículas sólidas, vapores e gases sendo que o mesmo não consegue eliminá-las, ficando essas impurezas alojadas em alguns órgãos até que, num momento de fragilidade, manifeste-se algum tipo de enfermidade.
É uma questão de saúde pública urgente e emergente. Ninguém merece ser exposto as ações de insalubridade, simplesmente pela falta de gestão na administração de um serviço público no que diz respeito ao controle do sistema de coleta de resíduos sólidos.
Espero que haja um posicionamento do poder público sem que seja necessário acionar o Ministério Público, pois, não havendo qualquer manifestação no sentido de buscar solução para o fato, seguramente será este o caminho a ser trilhado pelas comunidades envolvidas, de maneira organizada, obedecendo aos preceitos legais.
Chega de apuros, queremos ar puro! Algo precisa ser feito, pois viver a mercê destas atitudes criminosas É FOGO!!!!
Valdir Cavalcante em campanha pelo fim da queima de lixo no lixão.