Um jovem de 23 anos revelou que o vício em pornografia afetou diretamente sua vida sexual. Segundo informações da rede BBC, Daniel Simmons, que atualmente está em recuperação, não conseguia se concentrar nas tarefas do dia nem se relacionar sexualmente com mulheres “de verdade”.
“Eu tinha 15 anos quando comecei a assistir pornografia, após meus pais me comprarem um laptop. Fiz o que praticamente todo adolescente faz e procurei sites de pornografia”, diz em entrevista à BBC.
O hábito se tornou diário e fez o jovem perder o controle de sua vida. “Eu assistia pornografia duas horas por dia. Perdi minha capacidade de concentração. Não conseguia focar minha atenção em atividades normais, cotidianas. Eu negava o problema, mas fui viciado durante seis anos”.
Simmons percebeu que realmente estava com um problema ao descobrir um site para viciados em pornografia. “Passei cem dias em abstinência de álcool e de masturbação. As primeiras duas semanas foram horríveis, com mudanças repentinas de humor. Foi muito duro”, disse o jovem.
Em meio a algumas recaídas, Simmons conta que está conseguindo voltar à rotina. O jovem lamenta, contudo, que o vício tenha afetado diretamente na sua vida sexual. “Quando estou com alguma mulher, sinto que não fico tão excitado. Eu não conseguia ter ereções com mulheres de verdade porque eu tinha assistido tanta pornografia. Não era mais excitante estar com uma mulher de verdade”, disse Simmons à BBC.
“Me sentia mal, não sabia o que havia de errado comigo. Sexualmente, não conseguia sentir nada por ninguém. Não tinha libido, minha libido parecia falsa. Eu tinha libido por pornografia, mas não por seres humanos reais”, relembra.
Recuperação Daniel Simmons não assiste pornografia há um ano e meio. Sua recuperação está cada vez melhor e sessões diárias de meditação tem ajudado. “Eu sei que tem um monte de rapazes e garotas por aí que estão sofrendo com esse problema. Com certeza muitos por aí têm um problema mas estão se escondendo, e falar sobre isso é algo que eu quero fazer porque acho necessário”.
Segundo Robert Hudson, terapeuta que trata pessoas viciadas em sexo, “usar pornografia não é o problema”. “É parecido com beber. A maioria das pessoas consegue tomar um drinque em segurança. (A pornografia) começa a ter consequências sérias quando começa a tomar conta da sua vida”.
“Ela se torna um problema quando você começa a cancelar atividades familiares ou encontros com amigos porque você quer ir para casa assistir pornografia”, explica Hudson.
Fonte> Correio