Um menino de dez anos, filho de um policial militar, se matou após brigar com as irmãs e levar uma bronca do pai. A criança usou a arma do policial que estava dentro de uma jaqueta. O caso aconteceu por volta das 21h da última segunda-feira (5) no bairro Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo.
Segundo informações da polícia, o garoto brigou com as duas irmãs durante a noite. O pai interferiu no conflito e deu uma bronca nas crianças. Depois disso, o garoto entrou no quarto do pai, pegou a arma, que estava dentro de uma jaqueta, seguiu para seu quarto e se matou. O pai encontrou a criança morta com um tiro na cabeça.
Os bombeiros foram chamados e confirmaram a morte. O local foi periciado e o corpo encaminhado para o IML Central de São Paulo. O caso foi registrado no 13° Distrito Policial, da Casa Verde. Na casa, moravam o garoto, as duas irmãs, o pai e a madrasta. Todos estavam na residência. O pai trabalha no complexo administrativo da Polícia Militar.
O caso aconteceu um dia depois de outro crime envolvendo filho de policial militar. Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, é suspeito de ter matado a família e cometido suicídio. Ele era o filho único do casal de policiais militares Luís Eduardo e Andréia Pesseghini, costumava ser descrito como tímido, calmo, caseiro e apegado aos familiares. No entanto, nesta terça-feira (6), o jovem passou a ser o principal suspeito da morte dos pais, da avó e da tia-avó, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Na versão da polícia, ele se suicidou cerca de 12 horas depois.
Quando chegava da escola, Marcelo passava horas no computador. No perfil que tinha no Facebook, a foto dele era de um personagem de um jogo de videogame que gostava, que é um dos protagonistas de uma seita de assassinos em busca de vingança, na época da Renascença. O jogo é recomendado para maiores de 18 anos.
O delegado Itagiba Vieira Franco, da Divisão de Homicídios, esteve no local do crime. Ele disse que achou diversas armas de brinquedo e de pressão no quarto do garoto.
— No quarto dele, nós encontramos uma grande quantidade de armas de brinquedo. Ele teve a capacidade, talvez espelhando-se no pai, de montar um colete artesanal, de papelão, tipo escudo do choque. E também um tipo de coldre, de ombro, que ele montou inteiro, com fitas e com papelão, com lugar para pôr a arma.
O comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, afirmou que o rapaz costumava atirar com a arma de pressão.
.
Informações: R7