Dor e sofrimento: Sertanejos são expulsos de suas casas por conta da maior seca dos últimos 107 anos

rm veiculos
garra de aguia

Moradores de municípios do Agreste e do Sertão de Alagoas estão abandonando suas casas, na zona rural, para fugir da seca que castiga gravemente as duas regiões, em razão da falta de chuva.

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Diferente do que ocorreu em décadas passadas, quando os retirantes eram pessoas muito pobres, agora o fenômeno climático atinge pequenos e médios produtores rurais que perderam tudo com a estiagem que está sendo considerada a pior prolongada da história desde o ano de 1910.

Na Região Nordeste, mais de 600 municípios já decretaram situação de emergência. Em Alagoas, 77 prefeitos decretaram emergência e 48 tiveram o reconhecimento por parte do governo federal. Em algumas cidades do Sertão não chove há quase dois anos.
Por conta disso, o êxodo rural cresce a cada dia em municípios como Monteirópolis, Palestina, Olivença e São José da Tapera, no Semiárido alagoano.

Acostumados com o trabalho no campo e na criação de pequenos animais, centenas de sertanejos alagoanos viram-se obrigados a largar tudo e buscar oportunidades de emprego em cidades do Sudeste e Sul do Brasil.

O governo de Alagoas lançou, no início deste ano, a segunda etapa da Operação Água é Vida, o maior programa de enfrentamento à estiagem no Estado.
Estão sendo perfurados mais 200 poços tubulares profundos e mais de 100 carros-pipas disponibilizados para atender emergencialmente os municípios que se encontram em situação de emergência.

Mas a falta de chuvas continua castigando as famílias de camponeses que vivem em cidades do Agreste e do Sertão de Alagoas.
Mais esforços

No próximo dia 13 de março, na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), em Maceió, o ministro Helder Barbalho participará de uma reunião com os prefeitos de Alagoas a convite do senador Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado.

A pauta da reunião será marcada pelo debate em torno das medidas do ministério junto ao governo Renan Filho no combate aos efeitos da seca, a atuação de programas de desenvolvimento regional e um panorama sobre projetos de infraestrutura hídrica e irrigação no tocante às barragens, açudes e adutoras, além do andamento dos projetos do Canal do Sertão.

Há uma expectativa que em breve, o ministro Helder Barbalho assine a ordem de serviço para o início do trecho 5 do Canal do Sertão alagoano, orçado em cerca de R$ 400 milhões e com recursos já assegurados pelo senador Renan Calheiros junto ao presidente da República.

*Com informações do Diário de Arapiraca

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