A adolescente Grace de 17, que vive na República Democrática do Congo, conseguiu finalmente fazer uma cirurgia para a retirada de um tumor ósseo raro, que se desenvolveu na mandíbula. Ela foi operada no maior navio hospital do mundo, o Africa Mercy.
O tumor da jovem era tão grave, que ela corria o risco de morrer sufocada. De acordo com os médicos, o tumor teve início através do descontrole de algumas células responsáveis pela formação do esmalte dos dentes. O tumor foi crescendo e chegou ao tamanho de uma bola de futebol.
Mesmo com um tumor desta proporção, Grace ainda conseguia falar e comer, com muita dificuldade, mas não ia mais à escola. Os hospitais do Congo não conseguiram ajudá-la, pois não sabiam identificar o problema. Os médicos do Africa Mercy souberam da situação da garota e resolveram ajudar. A cirurgia para a retirada do tumor demorou cerca de 4h.
“Tudo começou a partir de um pequeno inchaço no interior da boca e as gengivas começaram a crescer pouco a pouco. Fomos para o hospital e eles não sabiam o que era – eles não fizeram nada”, disse Christine, mãe de Grace ao Mirror.
“Eu não sabia o que fazer – no hospital, apenas conversaram muito, mas não nos ajudaram. Eu comecei a ficar doente e me preocupava o tempo todo com minha filha”, disse.
Grace só conseguiu fazer a cirurgia após ser ajudada por um pastor de igreja, que soube do seu estado de saúde enviou um e-mail para a Mercy Ships, que foi até a jovem. A empresa faz cirurgias de graça, e conta com cerca de 1.600 voluntários, entre médicos, enfermeiros e professores de vários países.
O cirurgião Dr. Gary Parker foi o responsável por salvar a vida de Grace: “Quando esse tipo de tumor cresce, ele expande, empurra a língua para a parte de trás da garganta e acaba entrando nas vias aéreas, impedindo a pessoa de respirar. Em última análise, se não for tratado, pode matar o paciente por asfixia”.
Parte da mandíbula da jovem precisou ser substituída por placas de titânio e ela perdeu todos os dentes inferiores. Ela só poderá implantar dentes novos após seis meses de recuperação.
Fonte: Correio24 Horas