O Entrevistado é o Vereador pelo PSD JORGE COSTA SEIXAS, no exercício do seu terceiro mandato consecutivo e sempre ligado ao Sr. Gildásio Penedo, a quem dedicou todo esse tempo muita fidelidade e amizade. O Vereador Seixas também esteve por três mandatos como Administrador de Caldas do Jorro, no período de 1996 a 1999 e de 2004 a abril de 2011.
GS – Diante de tantas conversas, idas e vindas, de rompimentos, como o Sr. ver a possibilidade do seu grupo se aliar a outro grupo político?
JS – Vejo com muita normalidade, pois isto é inerente à política, sabemos que na política o ato de agregar, somar, compor, são coisas positivas e indispensáveis.
Tínhamos quatro possibilidades, nos aliarmos ao Grupo do ex-prefeito Arilton, do Igor, do Penedinho, ou lançarmos uma candidatura própria. A principio optou-se por unirmos ao Penedinho, até porque foi à primeira opção que nos foi dada, e posteriormente fomos procurado pelo Grupo de Arilton.
A candidatura própria foi descartada pelo fato do rompimento da aliança ter ocorrido quase que nas vésperas da eleição, o que praticamente inviabilizou essa possibilidade, até porque nós não nos preparamos para essa possibilidade.
GS – Qual seria sua preferência, que grupo V.Exa. Se sentiria melhor?
JS – Meu amigo Gil Santos, eu sempre fiz política em grupo, entendo que nem tudo acontece ao nosso gosto, aprendi com meu velho amigo Gildásio, tem determinada hora que temos que ceder, que recuar, para depois avançar. O importante é não mudarmos o rumo traçado, é não perder o objetivo. Estarei no meu grupo em qualquer posição, na certeza que na frente serei reconhecido de alguma forma, acredito sempre que para colher frutos temos que plantar arvores frutíferas, estarei solidário a decisão da maioria do grupo, qualquer que seja a decisão.
GS – Mais o Senhor teria alguma objeção ao seu grupo se aliar ao grupo do Sr. Arilton?
JS – Eu vou repetir, eu seguirei a decisão do meu grupo, eu sou apenas um no grupo, a decisão que prevalecer estarei satisfeito, me comportarei da mesma forma quando o grupo resolveu se aliar ao grupo de Rubinho, quando vestir a camisa, lutei, e fiz a minha parte, correspondendo plenamente, sendo sempre leal, sincero e acima de tudo, sendo fiel. Se na aliança teve alguém mais fiel ao Prefeito, empatou comigo.
GS– A mesma posição o Senhor teria se o seu grupo fosse de se aliar ao Dr. Igor?
JS – Amigo Gil… (risos), nada melhor na vida, principalmente na política, quando você toma uma decisão que é de agrado do seu povo, e é essa a minha decisão, de estar ao lado do meu povo, do meu grupo, qualquer que seja a decisão. o meu compromisso é com o meu povo, com o meu grupo, e não com o candidato.
GS – Sobre o rompimento com o grupo do prefeito o que o Sr. tem a dizer?
JS – Também é coisa normal de política, e até no cotidiano das nossas vidas, qualquer sociedade só existe quando ambas as partes tem interesse, e no caso específico foi justamente o que ocorreu, uma das partes desistiu. Vejo com muita naturalidade, nada que seja excepcional ou anormal.
GS – Então o Senhor tentará um novo mandato de vereador?
JS – É essa a minha intenção, eu conseguir fechar um ciclo na Administração de Caldas do Jorro, com muito orgulho ocupei o cargo por três gestões, confessando que essa última gestão não era essa a minha a intenção, pois entendia que deveria fazer um trabalho diferente na câmara de vereadores, trabalho de valorização dos vereadores, para ter o reconhecimento popular pelo trabalho de todos, ou da maioria dos Edis, gostaria muito que a nossa casa legislativa fosse mais transparente, mais instantânea, mais atuante, que participássemos mais do dia-dia da população, sem essa de oposição ou situação sistemática, que a câmara atuasse mais em todos os setores, em todos os segmentos, para sermos mais respeitados.
Eu fico indignado quando vejo a forma que certas pessoas tratam o poder legislativo, acho que temos que lutar para recuperar essa imagem, querem tratar os vereadores como bonecos de ceras, simplesmente balançando a cabeça, para dizer sim ou não. É muita falta de respeito com um poder que é autônomo, pelo menos é o que prega a Constituição Brasileira. Ser leal não quer dizer ser dependente, podemos ser leal sendo independente de opinião, de ideias. É assim que penso.
Se nós vereadores não tivermos consciência disso, jamais teremos o respeito devido!
GS– Deixe-me entender melhor, o Senhor tinha a intenção de assumir a presidência e foi barrado, foi isso?
JS – Não Gil, não foi isso, eu nem cheguei a manifestar interesse em concorrer ao cargo, aceitei o convite do Prefeito para continuar na Administração simplesmente para atender o meu grupo, grupo esse que tenho muito orgulho, pela lealdade e amizade.
Decisão que fez com que abdicasse de assumir o mandato de vereador, que era minha intenção inicial, até porque o trabalho legislativo é do meu agrado, eu adoro fazer projetos, leis, indicações, principalmente quando eu vejo que posso ser intermediário ao levar algo de bom para uma comunidade, é gratificante você saber que pode ajudar alguém, a melhor coisa na vida é você saber que é útil, você se sentir útil, saber que uma ação sua levou alegria, bem estar, comodidade a um povo, principalmente quando esse povo é carente, sofrido.
É esse trabalho gratificante que me oxigena que me impulsiona a tentar mais um mandato, e quem sabe assim ter chance de realizar um trabalho a contento.
GS – É público e notório a sua relação de amizade com a família Penedo, que considerações o Sr. faria sobre o Sr. Gildásio?
JS – Realmente eu sou um felizardo por desfrutar dessa amizade, principalmente do Gildásio pai, que tive o prazer de conhecer no ano de 2003 e de onde passei a ter uma enorme admiração, não só como político carismático, abnegado, dedicado, mais como homem direito, honesto, como um bom pai, um bom esposo, realmente eu tenho uma admiração que nem sei mensurar o tamanho, é uma pessoa excepcional. Tenho Gildásio como um pai, como um grande amigo, que me aconselha, que me orienta, que me dá bronca, é o jeito dele e é assim que eu gosto dele.
Gildásio é uma pessoa que participou de todos os momentos importantes da minha vida, esteve presente nos momentos bons e ruins, no nascimento dos meus filhos, nos quinze anos das minhas filhas, na formatura da minha filha Jaqueline, nos falecimentos dos meus pais, nas minhas eleições, lembro que na minha primeira eleição, justamente na sua primeira derrota, ele me deu uma enorme lição, enquanto eu procurava um jeito para me solidarizar, ele me surpreendeu ao me procurar logo após o resultado da eleição para agradecer, para parabenizar e me deseja muito sucesso.
Esses e outros atos fizeram com que eu passasse a ter essa enorme admiração pelo Gildásio Penedo.
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