A Organização Meteorológica Mundial (OMM) advertiu nesta sexta-feira (16) que 2016 está no caminho de se transformar no ano mais quente já registrado na história, com temperaturas extremamente altas.
“Fomos testemunhas de um prolongado período de extraordinário calor e tudo indica que isto se transformará na nova norma”, sustentou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, ao apontar que foram observados níveis excepcionalmente altos de concentração de dióxido de carbono e que recordes de temperatura foram quebrados.
Esta situação e o aquecimento dos oceanos acelerou o braqueamento dos recifes de corais, lembrou.
“A temporada excepcionalmente longa de aquecimento global continuou em agosto, que foi o mais quente em registros tanto na superfície terrestre como nos oceanos”, acrescentou a porta-voz da OMM, Claire Nullis, baseando-se em dados da Nasa e do Centro Europeu para as Previsões Meteorológicas a Médio Prazo.
Além disso, segundo os últimos dados, a superfície de gelo no Ártico no verão do hemisfério norte deste ano foi a segunda mais reduzida dos últimos 37 anos, quando começaram os registros por satélite.
A extensão de gelo no Ártico no verão deste ano foi de 4,14 milhões de quilômetros quadrados e acredita-se que a principal razão para que a situação não tenha sido mais dramática tenha a ver com o fato de que o verão nessa parte do mundo foi fresco, nublado e com tempestades regulares.
“Historicamente, essas condições meteorológicas desaceleram a perda de gelo durante o verão, mas no essencial estaremos só um degrau abaixo do recorde”, indicou Nullis.
A menor superfície de gelo ártico é de 17 de setembro de 2012, quando diminuiu até chegar a 3,39 milhões de quilômetros quadrados.